A Audiência Pública foi sugestão do Vereador Carlos Hermes/PCdoB, realizada na Câmara de Municipal, para discutir aspectos relativos ao transporte público da cidade, como o alto valor da tarifa, a baixa qualidade do serviço prestado e falta de equipamentos que proporcionem acessibilidade a cadeirantes.
Muitas e justas são as reclamações:
- Passagem de ônibus em Imperatriz é mais cara do que a de da capital São Luis, em que as linhas percorrem distâncias bem maiores. Nas entrevistas um representante de uma das empresas alega que na cidade o custo operacional é maior porque o fluxo de passageiros por quilômetro rodadao é baixo, o que é uma afronta à inteligência dos cidadãos da cidade, pois se as operações estão mal dimensionadas, é por incompetência das empresas.
- A maior parte dos ônibus não possui elevadores para permitir acesso aos cadeirantes.
- comportamento inadequado por parte dos colaboradores das empresas que, segundo relatos, destratam os usuários, não param para idosos nas paradas e inclusive há reclamações de ofensas verbais e agressões físicas de colaboradores a usuários.
- Intervalos irregulares entre ônibus da mesma linha, que faz com que os usuários não saibam os horários dos ônibus e passem por longos períodos a espera nas paradas.
- Ausência de paradas de ônibus adequadas, sem proteção contra a chuva e contra o escaldante calor tipicamente imperatrizense (sendo esta uma responsabilidade da Secretaria de Trânsito).
Recentemente, segundo informações repassadas ao BLOG DO MARCELO LIRA por Policiais Militares, de 6 a 8 ônibus que faziam transporte público na cidade, foram aprendidos por não atenderem normas de segurança elementares como:
- Ausência de cintos de segurança para motoristas.
- Falta de extintores de incêndio ou extintores com prazo de validade vencido.
- Pneus carecas.
Na minha condição de cidadão, entendo que todo veículo deve estar em conformidade com as normas de segurança determinadas pelo Código Brasileiro de Trânsito, e principalmente um veículo que transporta centenas de pessoas por dia.
Neste embate temos de um lado os usuários que exercem a sua cidadania em um estado democrático de exigir melhores condições de segurança e conforto em um serviço que é uma concessão publica, com pouco apoio dos políticos locais, entre os quais o vereador que sugeriu a Audiência Pública.
Do outro lado do embate temos as empresas e seus defensores, entre os quais políticos, jornalistas e blogueiros que muito provavelmente nunca entratam em um dos ônibus que trafegam pela cidade.