Há alguns dias um tema vem dominando as conversas dos policiais e da imprensa especializada do Maranhão, principalmente de Imperatriz, sejam elas pessoalmente, via redes sociais ou grupos de WhatsApp...
Esse tema foi a polêmica declaração de um vereador da cidade que apresenta um programa policial matinal que mostra o que acontece na madrugada da cidade, o nobre edil contrariado com as respostas negativas dos Policiais Militares em conceder-lhe entrevistas, soltou a polêmica "pérola", sugerindo que o comandante da corporação transferisse para Itinga-MA ou Carutapera-MA os soldados que se recusassem a dar entrevistas...
A declaração causou indignação nos guerreiros da briosa corporação, que apenas resguardavam-se ao direito de não conceder uma entrevista...
Sempre achei delicadíssima a relação entre imprensa e poder político, principalmente quando tudo se concentra na mesma pessoa...
Para o homem público que é profissional de imprensa, onde se definem os limites das duas faces?
Se a mídia é considerada o quarto poder, e o legislativo, é um dos três poderes, um profissional de imprensa que ocupa cargo eletivo de vereador ou deputado, sem se afastar da sua outra atividade profissional, não estaria com excesso de poder nas mãos???
Não é de hoje que o mesmo edil verbaliza polêmicas através de "sugestões", há aproximadamente 2 anos, ele "criou" o que foi batizado de "KIT JUQUIRA", o mesmo seria destinado a pessoas que procurassem o seu programa...
Paradoxalmente, não só este edil-apresentador, mas diversos outros profissionais de imprensa, com ou sem cargo político, utilizam-se deste expediente para capitalizar audiência e às vezes votos..., distribuindo cestas básicas, cadeiras de rodas, passagens rodoviárias, refeições nas frentes das câmeras para que todos vejam o quanto são "caridosos"...
Como a toda ação cabe uma reação, e muitas vezes de proporções inesperadas, a sugestão do edil em transferir para regiões remotas do estado os policiais que exercem seu constitucional direito de não conceder entrevista, gerou um feedback negativo por parte de policiais militares de todo o estado do Maranhão, fazendo com algumas associações e entidades que representam os militares sinalizassem possíveis representações judiciais nas esferas competentes.
O FATO é que ninguém é obrigado a conceder entrevista, e como diz a sabedoria popular: "QUEM FALA O QUE QUER, OUVE O QUE NÃO QUER..."