"Lavoisier foi um químico francês, considerado um dos pais da química moderna. Autor da frase “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Enunciou a “Lei da Conservação das Massas” (Lei de Lavoisier). Foi um dos pioneiros nos estudos de Química, Fisiologia, Economia, Finanças, Agricultura Científica, Administração Pública e Educação (FONTE: Toda Matéria)".
Na política, assim como todas as áreas do conhecimento humano, a Lei de Lavoisier, que nunca esqueço, pois foi tema da minha redação no vestibular da Universidade Federal do Ceará-UFC em 1995, também se aplica, mas muita gente a desconhece ou finge desconhecer para convencer quem não conhece.
Ontem foi divulgada uma pesquisa IBOPE , e como era de se esperar foram simulados dois cenários, um com Lula e uma sem:
O segundo cenário deixou os eleitores de Bolsonaro altamente empolgados, o que é justo, haja vista que na ausência de Lula, no atual momento ele é nitidamente líder, mas as avaliações superficiais desconsideram aspectos importantes em uma eleição:
- Votos brancos, nulos e indecisos.
- Rejeição.
A Teoria de Lavoisier se encaixa exatamente no item 1, no cenário com Lula os votos citados neste item somam 22%, no cenário segundo cenário esse índice sobe para 37%, e isso não coincidência, essa considerável diferença de 15% provavelmente representa os eleitores que votariam no Lula, mas em um cenário sem ele não ainda não decidiram em quem votar.
Os votos de Lula não se perdem, mas se transformam, e provavelmente decidirão a eleição, concentrando-se em um só candidato ou dispersando-se em vários.
O item 2, rejeição, descreve a quantidade de eleitores que não votariam em hipótese alguma em um candidato, neste quesito Bolsonaro também lidera, com 37%, seguido de Lula com 30%.
A rejeição de Bolsonaro é igual ao percentual de votos de Lula no primeiro cenário, e a rejeição de Lula é equivalente ao percentual de votos de Bolsonaro, Marina, Alckmim e Alvaro Dias.
Bolsonaro vem oscilando entre 18% e 22% há muito tempo, o que demonstra que seu eleitorado é fiel, não importa o que ele faça ou fale, mas ele tem dificuldades em ir além, principalmente entre alguns grupos específicos como mulheres, negros e pardos, e as camadas mais pobres da população.
Portanto no meu humilde entendimento essa eleição será decidida pela forma como os candidatos souberem lidar com:
- Os votos de Lula, que não serão desintegrados ou sumirão, se transformarão, lembre-se de Lavoisier.
- A sua própria rejeição e a rejeição de seus adversários.
Portanto os marqueteiros e estrategistas terão um grande trabalho, Bolsonaro, por exemplo, vem mudando de postura, amenizando o próprio discurso, fugindo de temas polêmicos e, em alguns casos, negando as próprias falas, inclusive algumas que foram gravadas.