Por Conceição Amorim.
Segundo dados do IBGE, 51,2% das mulheres estão no trabalho informal e 11,6% das mulheres ocupadas, com 16 anos ou mais, não têm rendimentos, trabalham para o próprio consumo ou não tem qualquer tipo de remuneração. Uma em cada cinco delas são empregadas domésticas e, apesar de maior escolaridade, as mulheres ainda recebem, em média, 70% da remuneração masculina. A quantidade de mulheres que ocupam cargos de chefia também é muito baixo: apenas 23% na presidência ou posições similares.e mesmo assim, com um numero tão reduzido de mulheres nestes cargos, muitas delas sofrem vários tipos de descriminação, preconceito, violência moral e psicológicas, por serem acusadas de estarem nos cargos por seus dotes físicos, de terem “caso com o chefe” ou está sendo testa de ferro de alguém, para alguns misóginos sexistas, nunca é por competência, mesmo que está profissional tenha qualificação comprovada e atuação na área. E se este cargo é no serviço público o drama das mulheres é maior, ou está no cargo por tudo que falamos ou está na função por ser “esposa” ou “amante” de alguém influente, nunca por sua competência. Desgraçadamente as mulheres viram alvo gratuito, muitas vezes, para atingir um gestor público, ao qual este setor de peçonhentos se diz oposição, como o caso recente da jovem enfermeira formada na UFMA que assumiu a Direção da UPA de Imperatriz. Audiência Pública do dia 28 de junho, as 18hs na UFMA busca “combater veementemente a prática criminosa de desrespeitar as mulheres no exercício de sua profissão e dizer em alto e bom som que a sociedade não aceita calada a ataques misóginos e machistas contra as mulheres de nossa cidade, a mesma tem dois objetivos, o primeiro de visibilizar o nível da conduta irresponsável, misógina, sexista e machista de alguns blogueiros, que no afã de “denunciar “ governantes, exploram sem qualquer principio informações e fazem especulações da vida pessoal de agentes públicos, quando estes são mulheres, usando imagens do seu cotidiano e momentos de lazer para expor seu corpo e questionar sua legitimidade enquanto profissional. Segundo chamar a atenção das autoridades constituídas para os diversos crimes praticados por alguns desses blogueiros que atinge a honra e a dignidade coletiva das mulheres do Maranhão, para que medidas sejam tomadas imediatamente por essas autoridades, de acordo com uma das organizadoras do evento.