A DISPUTA PTxPSDB NA VISÃO DO BLOG DO MARCELO LIRA: CHATICE, BAIXARIA E HIPOCRISIA...

Que chatice essa campanha para o segundo turno para a Presidência da República...
De um lado os Tucanos, e do outro os PTista, mais acusações, ofensas e baixarias do que propostas.
O PSDB posando de falso moralista e hipocritamente se colocando como paladino da honestidade.
Os tucanos governaram o Brasil por 8 anos, e tem seus méritos, a estabilização da economia é o maior deles, eu vivi os 8 anos do governo Tucano e posso dizer, não guardo boas lembranças.
Pra esclarecer vou logo explicar, sou povo, 100% povão, ou seja, até hoje nunca tive um emprego político, cargo comissionado ou qualquer coisa que me impedisse de expressar minha opinião ou fizesse com que a guardasse, pois não mentiria, para me resguardar.

Nos 8 anos FHC, como povo que sou, sofri com a política econômica de estabilização com base no arrocho salarial e no desemprego, que se baseava em uma lógica econômica simples, a da OFERTA E DA DEMANDA, com o povo, eu inclusive, desempregado ou com pouco poder de compra em função dos baixos salários, a demanda diminui, e com poucas pessoas comprando, os preços são mantidos em níveis baixos, então tínhamos inflação baixa, controlada, mas o "povo" não podia comprar, porque não tinha dinheiro.
Outro aspecto marcante da era FHC foram as privatizações, boas em alguns aspectos e ruins em outras, a telefonia é um exemplo de que a privatização pode ser boa, e a VALE, no tempo CVRD, Companhia Vale do Rio Doce é outro exemplo de que privatizações podem ser uma forma rápida e eficaz de transferência "legal" de dinheiro público para o patrimônio privado. Sem falar nas inúmeras denúncias de corrupção e favorecimento, até hoje não esclarecidas.
Há quem diga que o MENSALÃO é uma invenção tucana, eu discordo, é uma prática que antecede a era FHC, e é comum em todas as esferas do legislativo, seja ele federal, estadual ou municipal. Portanto crucificar partido X ou Y por um "mensalão" é a mais pura demonstração de HIPOCRISIA...
E a maior culpa do PSDB não ter apelo popular nas regiões mais pobres do país, é do próprio PSDB, que durante mais de 10 anos se envergonhou dele mesmo, Serra e Alkimin esconderam FHC nas campanhas em que foram derrotados por Lula e Dilma, como se tivessem vergonha da sua própria história, coisa que Aercio, mesmo que discretamente, não vem fazendo.

Bem, agora chegamos a Era PT, que já vai completar o seu 12° aniversário, Lula entrou como a "esperança" de um povo que massacrado por uma política econômica que só favorecia as elites e a especulação financeira. E assim como seu antecessor, tem seus méritos, conseguiu fazer com que a estabilização da economia beneficiasse também os brasileiros das classes mais baixas.
Mas por mais que seja comum no meio político "VENDER A ALMA AO DIABO" para conseguir a tão desejada governabilidade, na minha humilde opinião, ainda sou do tempo em dignidade e palavra ainda tem valor. O PT fez alianças com toda a ESCÓRIA da política brasileira, com OLIGARQUIAS que o tempo cuidou e está cuidando de enterrar, mas que também estavam presentes no governo Tucano.
O escândalo do MENSALÃO foi uma pancada, uma crise que poderia ter sido melhor gerida, e que causou um dano à imagem do partido até pequeno, se comparado ao escândalo da refinaria de Pasadena, nos EUA e o rombo que causou na maior estatal brasileira, a PETROBRAS.
Mas o povo, em sua maioria, "embriagados" pelas possibilidade de consumo que a atual política econômica oferece, parece não estar muito "preocupado" com esses aspectos, apenas quer poder continuar a consumir...

Creio que o que mais preocupa os partidos que polarizaram a política nacional nos últimos 20 anos, é justamente a campanha presidencial de 2018, pelos seguintes aspectos:

1. Há muito tempo o PSDB não via uma possibilidade tão clara de voltar a presidência e impedir um possível retorno de Lula no próximo pleito, pois sabe que se ele entrar, e principalmente com o apoio do governo, os tucanos continuarão oposição.
2. O PT além de querer se manter no poder, deve estar querendo preparar o "terreno" para o retorno de Lula, e controlar a presidência por 12 anos.