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Assistentes Sociais de Imperatriz-MA escrevem carta ao Prefeito Assis Ramos contra a flexibilização das medidas de combate ao coronavírus.

Ao Prefeito de Imperatriz e demais autoridades constituídas.



Nós assistentes sociais, profissionais do serviço social que atuamos no município de Imperatriz e circunvizinhos, nos somamos as autoridades sanitárias e médicas do Brasil e do mundo, aos membros da Defensoria Pública Estadual, do Ministério Publico Estadual e Federal em defesa da manutenção e prática da promoção das medidas de contenção do contágio do coronavírus em nosso município, reforçando as estratégias de criar condições para diminuir os danos que o vírus está causando à população.
Temos noção da gravidade da situação, baseadas em fatos comprovados e debatidos publicamente por especialistas da saúde que dão conta da dificuldade de se medir a altura da curva da epidemia, por estarmos testando apenas os casos graves, o que de acordo com tais especialistas põe em xeque o tamanho do problema que temos. Em várias situações representantes do Ministério da Saúde admitem que os dados são menores do que o retrato real.
Em nosso município essa realidade se repete, e só não estamos vivendo o caos porque estamos com uma parcela da sociedade respeitando o isolamento social e as medidas de higienização, e mesmo assim até o dia de hoje 36 pessoas morreram por causa da COVID19, mais de 500 foram contaminadas e tratadas.
O isolamento parcial, quando não vivíamos um nível tão elevado de contagio, já vitimou 36 pais e mães de famílias, já que a maioria das vitimas são adultas, significa dizer que, com a ampliação do contágio e a superlotação dos leitos hospitalares e UTI´s, o número de vidas que não conseguiremos salvar nos próximos dias tende a ser muito maior.
Serão centenas de famílias sem seus provedores, sem seus entes queridos, gerando um prejuízo emocional e econômico a curto e médio prazo muito maior do que os atuais provocados pela redução do ritmo produtivo da cidade e do país.
Dirigimos-nos aos gestores públicos, municipal e estadual para solicitar:
Antes de tudo respeito pela vida de cada um dos cidadãos de igual forma, pois entendemos que todas as vidas valem;
A visibilização das ações da vigilância sanitária, responsável por fiscalizar e orientar os estabelecimentos que estão em funcionamento, no centro da cidade e nas periferias, averiguando sempre se há condições sanitárias para o funcionamento;
A divulgação massiva das notas técnicas que orientam e estabelecem parâmetros técnicos aos profissionais e estabelecimentos voltados aos diversos serviços de saúde, de interesse à saúde e alimentos, de forma a ampliar o maior numero de cidadã e cidadãos aptos a disseminarem tais
orientações e contribuir com a diminuição de contágio da corona vírus;
O estabelecimento de uma relação pedagógica com a sociedade, transformando-a em aliada permanente no enfrentamento a pandemia, através de campanhas informativas e de valorização da vida;
O exercício democrático que incentive a população a divulgar boas práticas no cuidado coletivo;
A valorização e proteção das categorias profissionais que estão na linha de frente do combate à Covid-19, garantindo condições técnicas, materiais e psicológicas para execução de seu trabalho;
Que as gestões sigam rigorosamente orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate ao Novo Coronavírus (Covid-19), que recomenda a manutenção do isolamento e medidas adotadas amplamente em várias cidades de todo o mundo, assim como as orientações do Conselho Nacional de Saúde (CNS) que coloca-se contra a flexibilização de normas em algumas cidades,
pretendidas pelo Ministério da Saúde, desde o dia 13 de abril, publicado no Boletim Epidemiológico nº7, de 06/04/2020.
Nesse momento de aumento do pico da contaminação, nossa categoria se junta a todos os segmentos sociais que clamam pelo direito de nos mantermos vivas(os), pela dignidade humana de sermos tratadas (os) nos serviços públicos e privados, quando contaminadas(os) com igualdade e equidade;
Ampliação das campanhas preventivas que alertam a população no geral, se fazendo-se chegar nos bairros periféricos, que os próximos dias exigirão de toda a sociedade uma cota maior de sacrifício na luta pela vida.
A Não a flexibilização do comércio e demais serviços não essenciais.
O Endurecimento das medidas de segurança sanitárias em todos os serviços essenciais que precisam funcionar.

Imperatriz – MA, 16 de maio de 2020.

ASSISTENTES SOCIAIS DE IMPERATRIZ E REGIÃO TOCANTINA.