Sempre que me perguntam eu digo: "GOVERNO ASSIS RAMOS É UM BARCO SEM MOTOR, VELA E REMO DESCENDO UM RIO COM ÁGUAS TRANQUILAS, OS PROBLEMAS DE VERDADE VÃO SURGIR QUANDO PRECISAR SUBIR OU QUANDO AS ÁGUAS FICAREM AGITADAS..."
Geralmente quem ouve minha avaliação se assusta antes mesmo de tentar entendê-la...
O que quero dizer é que está de razoável pra bom porque o momento está bom.
Entendamos:
- Assis pegou uma prefeitura, se não em perfeitas condições, melhor do que seu antecessor Madeira-PSDB pegou.
- Assis tem, não como aliado, mas como parceiro um governo estadual, liderado por Flávio Dino-PCdoB, que vem realizando obras significativas e que assumiu a responsabilidade de reconstruir a camada asfáltica que estava destruída nos primeiros meses do seu mandato.
- Assis é contemporâneo da bancada de deputados estaduais mais atuantes da história da cidade, com destaque ao Dep. Marco Aurélio-PCdoB.
- A população, em sua maioria, não sabe diferenciar o que é realização da prefeitura e do governo do estado. Recentemente estava na Av. Beira Rio, construída pelo governo do estado, e uma cidadã estava ao meu lado elogiava a Prefeitura pela grande obra,e assim já ouvi fários relatos semelhantes em que a cidadãos acreditam que obras realizadas pelo governo do estado foram feitas pela prefeitura.
- Assis também está tendo sorte em pegar uma oposição bem mais "branda" do que seu antecessor, inclusive na Câmara Municipal,ano passado ele sacaneou os professores contratados demitindo-os antecipadamente para não pagar o mês de dezembro integralmente, e ninguém fez nada, em outros tempos haveria manifestações pelas ruas da cidade.
Esse cenário joga favoravelmente à Assis Ramos, mas ele mesmo tem assumido uma postura eleitoral tímida em relação ao pleito de 2018, quando entrar de vez na campanha, provavelmente apoiando Roseana Sarney-PMDB, poderá herdar a histórica rejeição que a ex-governadora e sua família têm na cidade.
Eleitoralmente Assis tem tem muito menos força do que muitos pensam, foi eleito com apenas 29,16% dos votos válidos, menos de de um terço e distante de ter a preferência da maioria absoluta da população, provavelmente foi eleito mais por uma sequência de erros estratégicos dos seus principais adversários, que desconsideraram o poder do "fator rejeição".
Portanto a entrada do Prefeito de Imperatriz na campanha eleitoral pode ser o marco temporal na mudança desse cenário favorável, e quando, ou se, isso acontecer, "esse mesmo barco vai ter que subir o rio, com águas, talvez, não tão calmas".
Marcelo Lira
