Creio que seja indiscutível que toda opção tenha aspectos positivos e
negativos.
Então a escolha de uma profissão ou de uma carreira profissional não pode
ser diferente.
Eu por exemplo, quando escolhi ser professor sabia que ia ter que levar
trabalho pra casa, que ia estar trabalhando quando a maioria das pessoas
estaria descansando, que teria que lidar diariamente com dezenas ou centenas de
pessoas e suas respectivas personalidades e opiniões, pois já via isso desde
criança acompanhando minha mãe que também optou pela docência. Dessa forma vejo
que reclamar da minha rotina profissional é um ato improdutivo, devo sim reclamar
e lutar pela melhoria nas condições de trabalho e pela valorização da minha
profissão.
Penso que todos deveriam agir da mesma forma, pois profissões são
escolhas, inclusive em sala de aula costumo brincar com os alunos dizendo: “ESCOLHER
A PROFISSÃO É UM ATO MAIS COMPLEXO DO QUE ESCOLHER O FUTURO MARIDO OU ESPOSA”.
Pois dependendo do grau de maturidade da relação, um matrimônio ou relação
marital estável, que já não apresenta as mesmas vantagens e prazeres de outrora,
pode facilmente ser dissolvida através
de um bom diálogo. Mas uma escolha profissional errada pode implicar em um
complexo recomeço que pode demandar anos extras de trabalho, capacitação e
investimento para o deslanchar de uma nova carreira profissional.
Nos últimos dias em Imperatriz-MA um dos temas mais falados foi sobre um
áudio amplamente divulgado pelo WhatsApp em que um alto oficial da Polícia
Militar do Maranhão desacata seus superiores.
Primeiramente quero enfatizar que sou contra o militarismo na polícia,
inclusive estava discutindo o tema ontem pela manhã na academia, com um
ex-aluno que hoje é Policial Militar, por sinal tenho muitos ex-alunos e amigos,
a maioria soldados e cabos, nesta briosa corporação e a grande maioria compartilham
da ideia de que o militarismo na polícia só beneficia seus superiores.
Também sou a favor da liberdade de expressão, mas um motivo pelo qual a carreira militar não me atrai...
Inclusive acho que esse é um momento muito adequado para levantar essa
discussão.
Como não concordo com a estrutura, normas de conduta e principalmente com
as punições impostas por este formato ineficaz e repressor de hierarquia, nunca,
depois de adulto, quis ser militar, nem da polícia nem das forças armadas, pois
tenho completa convicção que não me adaptaria ao militarismo.
Da mesma forma que muitos, militares ou não, jamais se adaptariam à minha
rotina de professor.
Mais uma vez voltando ao caso do áudio, será que o militar que o gravou
não conhecia o código de conduta da Polícia Militar e suas respectivas punições
para desacato e desobediência?
Em reta fina de uma campanha eleitoral, isso não é estranho?
Como professor eu sei exatamente o que eu posso e o que eu não posso
fazer, e creio que todos os guerreiros da PM-MA também são conhecedores dos
seus direitos e deveres dentro e fora da corporação.
Outro aspecto interessante e pouco difundido é que tenho amigos Policiais
Militares, que não são oposição e foram temporariamente transferidos para
trabalhar nas eleições na capital.
Continuo defendendo que todo fato deve ser analisado de múltiplas formas
e que todos devem tentar não acreditar em tudo na primeira vez que veem ou
ouvem algo.
Pergunte, pense, questione, duvide...