Do dia do
anúncio até o dia da entrega, muita badalação e bajulação aconteceram sempre
que era abordado o tema do ônibus superequipado que foi doado ao município para
ajudar nas ações de prevenção do câncer...
O frenesi se
intensificou com a presença do Ministro da Saúde e o Presidente da Vale, e
muita gente queria aparecer ao lado de tão ilustres figuras da cena política e
econômica nacional...
Houve
político que se antecipou aos esclarecimentos e assumiu a “paternidade” de tão
importante ferramenta tecnológica e depois teve que se contentar em agradecer
ao ministro e ao presidente da multinacional.
Na cerimonia
de entrega a rotina dos eventos políticos se repetia como de praxe, muitos
querendo falar, outros só querendo tirar uma foto, empurra-empurra, abraços,
tapinhas nas costas e promessas de mais obras e investimentos. Tomara que tudo
se concretize, não por uma questão político-eleitoral, mas por uma questão de
que isso nada mais é do que direito do povo em ter suas demandas atendidas e
dever dos homens públicos em atendê-las.
Depois de
toda a “festa” para espanto de todos, o ônibus não saiu às ruas da cidade, nos
bairros da periferia, atendendo à população, que diferentemente dos nossos
governantes, não tem acesso a ações preventivas e muito menos tem condições de
buscar tratamento em um “sírio-libanês”.
O ônibus tão
aguardado, tão badalado, cuja “paternidade” era disputada por muitos, foi para
estacionamento da Secretaria de Infraestrutura, ao lado de tambores de pinche,
caminhões e máquinas pesadas, sem proteção, exposto às intempéries do final de
ano imperatrizense, que alterna dias com calor de 40°C e dias com chuvas torrenciais...
Fotos do
ônibus parado e desprotegido circularam nas redes sociais, nos comentários
muitos mostravam a preocupação de que algo tão valioso e com a capacidade de
salvar muitas vidas fosse perdido vitimado pelo descaso com a coisa pública que
assola, não só os políticos de Imperatriz, mas de todos o Brasil.
Rapidamente
as defesas surgiram para justificar as fotos, falavam que estavam sendo
aguardadas licenças e treinamentos das equipes, para que o ônibus pudesse
começar a funcionar...
Diante respostas
aos questionamentos, lanço novos questionamentos:
1 - Se há a necessidade de licenças especiais e treinamentos específicos, por que as mesmas não foram providenciadas de forma tempestiva, para que tudo pudesse começar a funcionar com mais rapidez?
2 - Considerando o questionamento anterior, a cerimônia de entrega com a presença de nomes de relevância nacional na política e na economia, tem mais importância política do que as ações preventivas que podem salvar vidas de pessoas portadoras de câncer?
3 - Considerando o questionamento anterior, a cerimônia de entrega com a presença de nomes de relevância nacional na política e na economia, tem mais importância política do que as ações preventivas que podem salvar vidas de pessoas portadoras de câncer?
1 - Se há a necessidade de licenças especiais e treinamentos específicos, por que as mesmas não foram providenciadas de forma tempestiva, para que tudo pudesse começar a funcionar com mais rapidez?
2 - Considerando o questionamento anterior, a cerimônia de entrega com a presença de nomes de relevância nacional na política e na economia, tem mais importância política do que as ações preventivas que podem salvar vidas de pessoas portadoras de câncer?
3 - Considerando o questionamento anterior, a cerimônia de entrega com a presença de nomes de relevância nacional na política e na economia, tem mais importância política do que as ações preventivas que podem salvar vidas de pessoas portadoras de câncer?